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Ceará encerra quadra chuvosa de 2025 com 55% de volume armazenado em seus reservatórios

O Ceará encerrou a quadra chuvosa de 2025 com 55,1% de reserva hídrica acumulada nos reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Embora o volume armazenado seja semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado, o volume de chuvas aos reservatórios cearenses foi menor neste ano.

Em coletiva realizada nesta quarta-feira (04), gestores do Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos avaliaram a quadra chuvosa de 2025.

O secretário dos Recursos Hídricos, Fernando Santana, reforça a gestão do Sistema dos Recursos Hídricos cearense para garantir segurança hídrica em todas as regiões. “Hoje, nós trabalhamos de forma integrada com diversos órgãos estaduais e federais para ter a garantia que todos os municípios serão atendidos. Seja com obras da Cagece, intervenções da SRH, Cogerh e Sohidra ou com atendimentos de outros órgãos como Defesa Civil e Sisar, é feito um trabalho de gestão conjunta e participativo, através dos Comitês de Bacia, que garantam diversificação da matriz hídrica e abastecimento a nossa população”.

Diminuição no aporte é reflexo do menor volume de chuvas em 2025

Mesmo com índices de armazenamento semelhantes ao ano anterior, o aporte aos reservatórios em 2025 foi significativamente menor. Foram 5,87 bilhões de metros cúbicos de água acumulados durante a quadra chuvosa — resultado direto da menor volume de chuvas e da distribuição irregular das precipitações no tempo e no espaço.

O aporte (água que entra nos reservatórios) neste ano foi de 5,87 bilhões de metros cúbicos, valor inferior ao registrado em 2024, quando registrou 9,4 bilhões. Atualmente, o volume total acumulado nos 157 reservatórios estratégicos monitorados pela Cogerh é de 10,2 bilhões de metros cúbicos, o que representa cerca de 55% da capacidade total do sistema hídrico estadual.

Durante a quadra chuvosa, o Estado registrou a sangria de 60 açudes — número inferior ao observado em 2024, quando 77 reservatórios chegaram a sangrar.

Açude Orós voltou a sangrar após 14 anos

Um dos pontos positivos deste ano foi o Açude Orós, que voltou a sangrar após 14 anos — a última vez havia sido em 2011. A recuperação expressiva do segundo maior reservatório do Estado foi favorecida pelas chuvas localizadas em sua bacia de contribuição.

Bacias com situação confortável

As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitanas, Serra da Ibiapaba, Curu e Alto Jaguaribe apresentam situação considerada “muito confortável”, com volumes acima de 70% da capacidade total. Essas áreas foram beneficiadas por chuvas mais concentradas e apresentam bons indicadores de segurança hídrica para os próximos meses.

Inclusive, a região das Bacias Metropolitanas teve o melhor aporte durante a quadra chuvosa dos últimos 20 anos: 911.429 milhões de m³ entraram nos 23 reservatórios monitorados.

Regiões em alerta

Apesar dos bons índices em parte do Estado, algumas regiões ainda requerem atenção. A bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús encerrou a quadra chuvosa com apenas 20% de sua capacidade hídrica acumulada. Já a região do Banabuiú registra 36%, enquanto o Médio Jaguaribe, onde está localizado o Açude Castanhão, permanece com 30%.

Castanhão, Orós e Banabuiú 

O Açude Castanhão, que chegou a apenas 2,1% de volume em 2018, acumula atualmente 29%. O Banabuiú, praticamente seco entre 2015 e 2018, está com 36%. Já o Orós atingiu sua sangria em 2025, algo que não acontecia desde 2011.

Pelo quinto ano consecutivo, o Castanhão não será utilizado para abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), graças à boa reserva hídrica dos açudes Pacoti, Pacajus, Riachão e Gavião, que suprem a demanda da capital e seu entorno.

Uso responsável da água e gestão participativa

A operação dos reservatórios no Ceará é planejada com base em critérios técnicos e conduzida de forma participativa. As alocações negociadas de água são construídas em diálogo com os Comitês de Bacias Hidrográficas, considerando os volumes disponíveis e as demandas de cada região

A operação dos nossos reservatórios é baseada em critérios técnicos, mas, sobretudo, em diálogo. As alocações de água são construídas com a participação ativa dos Comitês de Bacias, o que garante uma gestão mais justa, eficiente e preparada para enfrentar tanto a escassez quanto a abundância“, ressaltou Yuri Castro, Presidente da Cogerh.

Reunião de Alocação dos Vales do Jaguaribe e do Banabuiú está marcada para o dia 17 de junho, em Iguatu, onde os Comitês do Salgado, Banabuiú, Alto, Médio e Baixo Jaguaribe irão definir as vazões dos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú para o 2º semestre deste ano.

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Escrito por tvprincesavalenews

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