Com o objetivo de viabilizar estratégias para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite bovino no Ceará, a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará realizou visitas técnicas às fazendas Vale do Sindi e Barbatão, ambas localizadas no Vale do Jaguaribe. O acompanhamento faz parte da execução do projeto “Leite A2 – Uma estratégia promissora para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite bovino”, realizado por meio de uma parceria entre Adece, Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e o programa Cientista Chefe, do Governo do Ceará.
O projeto tem o objetivo de realizar, com base em marcadores genômicos, um mapeamento das vacas A2A2 nas principais regiões de produção leiteira do Ceará. “Nesse projeto, vamos genotipar 250 vacas de cinco grupos genéticos: 50 vacas da raça Sindis, 50 vacas Gir, 50 vacas do tipo Holandês Zebu, 50 vacas sem raça e 50 da raça curraleiro pé duro. Nesse estudo, vamos identificar as frequências alélicas (variação genética) e as frequências genotípicas desses animais”, explica a coordenadora técnica do projeto, Debora Façanha.
Sobre o projeto
O leite é uma das principais fontes de proteínas presentes na dieta humana. Cerca de 80% da sua composição é formada por caseína, que possui a beta caseína como proteína predominante. E é nela que o projeto Leite A2 concentra forças no intuito de desenvolver alternativas competitivas para o setor produtivo do leite no Ceará.
O leite A2 é produzido por vacas identificadas com o gene A2A2. Este tipo de leite é caracterizado como um tipo mais digestivo, mais leve e é recomendado para pessoas que apresentam algum tipo de limitação digestiva. As vacas que fazem parte do estudo não são geneticamente modificadas e não foram submetidos a nenhum tipo de tratamento.
“São animais que não exigem um custo a mais para a produção ou que precisam de um tipo específico de dieta. Eles são identificados por meio de testes genômicos que detectam o tipo A2 A2 em seus organismos. Dentro desse contexto, eles são caracterizados como animais com um custo de produção igual ao das vacas de outros tipos, mas que geram um produto final de valor agregado de 35% a 40% a mais que os demais tipos”, explica Façanha.
De acordo com a coordenadora, a expectativa é que, ao final da pesquisa, o projeto apresente um indicativo das melhores raças para se trabalhar dentro das condições disponíveis no Estado. “Queremos estender essa genotipagem ao maior número de produtores e municípios possíveis, sobretudo nas principais bacias leiteiras do Estado”, complementa Façanha.
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