A campanha Fevereiro Laranja amplia a discussão sobre a doença
No Ceará, uma média de 200 novos casos de câncer infantojuvenil são detectados todos os anos. Dentre eles, a leucemia – um tipo de câncer no sangue – se destaca como a patologia mais frequente, correspondendo a 30% dos diagnósticos. Febre persistente, apatia frequente, palidez e manchas pelo corpo, sobretudo quando associadas, demandam avaliação médica imediata. A discussão sobre a doença é ampliada durante este mês, por meio da campanha Fevereiro Laranja.
O Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), unidade vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), é referência no acompanhamento de casos suspeitos e confirmados.
De segunda a sexta-feira, preferencialmente das 7h às 13h, o Centro Pediátrico do Câncer (CPC), por meio do Ambulatório de Diagnóstico Precoce, acolhe, por ordem de chegada, pacientes de todo o Estado encaminhados por profissionais de qualquer nível de atenção à saúde.
“Os profissionais da atenção primária, secundária e terciária buscam trabalhar de maneira alinhada, atenta e humanizada. Muitas vezes, recebemos crianças e adolescentes enviadas pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) dos municípios. Aqui, dispomos de oncologistas preparados e de uma estrutura laboratorial especializada para realizar a investigação”, explica Selma Lessa, coordenadora do serviço de Onco-hematologia do Hias.
A comprovação do diagnóstico, geralmente, ocorre após avaliação da medula óssea por meio de procedimento denominado mielograma. “Para a finalidade, o Hias dispõe de especialistas e equipes multiprofissionais preparadas. Trabalhamos sempre na perspectiva de liberar laudos em tempo hábil”, acrescenta.
Ainda de acordo com Lessa, uma vez identificada a doença, a preparação para o tratamento é imediatamente iniciada. “A leucemia mais prevalente em crianças é a linfoide aguda. Na maior parte dos casos, as chances de cura, com quimioterapia, giram em torno de 80%”, estima.
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