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Hospital Regional do Vale do Jaguaribe produz o próprio oxigênio e economiza R$ 20 mil mensais

Produção tem capacidade para atender à demanda total da unidade

O Hospital Regional do Vale do Jaguaribe (HRVJ), estrutura vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) sob gestão do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), produz o próprio oxigênio desde novembro de 2021, quando iniciou as atividades dos serviços assistenciais. O equipamento, situado em Limoeiro do Norte, foi o primeiro da rede estadual a implantar a tecnologia, sendo modelo para outras unidades. O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), em Fortaleza, adotou a autoprodução em junho deste ano.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – NBR 13587 de 2017 –, a infraestrutura é conhecida como Sistema Concentrador de Oxigênio (SCO). O conjunto de ferramentas acumula o gás a partir do ar ambiente por meio da adsorção do nitrogênio, em que moléculas são retidas na superfície de uma substância. A usina tem capacidade de produção de 35m³/h de oxigênio.

O engenheiro clínico Cícero Allan destaca as vantagens de se produzir o próprio insumo. “Dentre elas, está o fato de se operar on-site, ou seja, o oxigênio é feito na própria unidade onde haverá o consumo. Dessa maneira, o HRVJ não precisa comprar oxigênio líquido, aquele produzido de forma industrial (o que ocorre na maioria dos hospitais brasileiros) e armazenado em grandes tanques criogênicos estacionários”, explicou.

Ainda de acordo com Allan, a possibilidade elimina dois grandes problemas envolvidos com o fornecimento do insumo: altos custos de logística (já que o transporte é feito em caminhões adaptados) e tempo de abastecimento (visto que o oxigênio fica guardado em locais distantes).

Outro benefício é o ajuste da quantidade fornecida baseada na demanda, evitando dispêndio. Além disso, como não há um sistema de tanque criogênico estacionário, também não é necessário o constante monitoramento do volume, o controle dos desvios e da evaporação.

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Produção

O processo é iniciado por compressores. Os dispositivos captam o ar ambiente e o comprimem a uma pressão de, aproximadamente, 8 bar. O ar pressurizado é alocado em vasos. Depois, é feita a filtragem e a secagem do ar comprimido, com a utilização de filtros específicos para a eliminação de umidade e contaminantes.

Por último, dois vasos metálicos com uma peneira molecular descartam o nitrogênio do ar por meio de seis válvulas e libera, assim, o produto final.


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Escrito por tvprincesavalenews

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