Executivo da farmacêutica destacou que a vacina perde eficácia contra infecções com o tempo e, por isso, será necessário mais uma dose do imunizante
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse, neste domingo (13/3), que será necessário uma quarta dose da vacina contra a covid-19. Em entrevista ao programa Face The Nation, da TV americana CBS, Bourla explicou que apesar de a terceira dose ser bastante eficaz contra mortes e hospitalizações, ela ainda não consegue impedir infecções.
“A proteção que estamos recebendo da terceira dose é boa o suficiente. Na verdade, muito boa para diminuir hospitalizações e mortes, mas não é tão boa contra infecções”, afirmou. “Da maneira que vimos, é necessário uma quarta dose”, disse.
Bourla destacou que isso acende o alerta sobre a possibilidade de surgimento de variantes que eventualmente possam escapar da proteção oferecida pelas vacinas. “Muitas variantes estão surgindo e a ômicron foi a primeira a conseguir escapar, de maneira habilidosa, da proteção imunológica que estamos dando”, destacou.
Albert Bourla ainda afirmou que a farmacêutica está trabalhando na elaboração de uma vacina que combata todas as variantes e que tenha eficácia de pelo menos um ano. “Estamos trabalhando de forma diligente nisso, não só para fazer uma vacina que atue contra todas as variantes, incluindo a ômicron, mas também que garanta proteção por pelo menos um ano”, disse.
No Brasil, imunossuprimidos com mais de 12 anos estão autorizados a tomar a quarta dose da vacina desde fevereiro. Entram nesse grupo transplantados, pessoas que vivem com HIV, em tratamento para câncer ou que usam medicamentos imunossupressores. Todos os maiores de 18 anos devem tomar a terceira dose ou o reforço.
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