Para o primeiro-ministro britânico, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está “errando gravemente o cálculo”; Johnson falou à BBC neste domingo
A Rússia está planejando “a maior guerra na Europa desde 1945”, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson em entrevista à BBC neste domingo (20).
“Tenho medo de dizer que o plano que estamos vendo é para algo que pode ser realmente a maior guerra na Europa desde 1945”, disse ele.
Ele acrescentou que “as pessoas precisam entender que o enorme custo na vida humana que isso pode acarretar não apenas para os ucranianos, mas também para os russos e para os jovens russos”.
Sobre as sanções que seriam aplicadas caso a invasão russa aconteça, Johnson disse que o objetivo é impactar não apenas “os associados de Vladimir Putin, mas também todas as empresas, organizações de importância estratégica para a Rússia”.
Neste sábado, no Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que o país aplicaria “sanções sem precedentes” a bancos e indústrias da Rússia em caso de invasão.
“Vamos impedir que as empresas russas levantem dinheiro nos mercados do Reino Unido e, mesmo com nossos amigos americanos, vamos impedi-los de negociar libras e dólares que serão muito difíceis”, disse Boris Johnson.
Johnson também falou no evento em Munique neste sábado. Ele disse que ao se preparar para invadir a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, está “errando gravemente o cálculo”, acrescentando que Moscou não teria “absolutamente nada a ganhar com esse empreendimento catastrófico e tudo a perder”.
Johnson instou Moscou a diminuir as tensões antes que seja tarde demais.
“Temo que uma guerra relâmpago seja seguida por um longo e hediondo período de represálias, vingança e insurgência, e os pais russos lamentariam a perda de jovens soldados russos, que à sua maneira são tão inocentes quanto os ucranianos que agora se preparam para ataque”, disse.
“Não sabemos totalmente o que o presidente Putin pretende”, disse o primeiro-ministro britânico, acrescentando que “os presságios são sombrios e é por isso que devemos permanecer fortes juntos”.
As declarações de Johnson ocorrem um dia depois que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que a Rússia estava “se movendo para as posições certas para realizar um ataque”.
Flagrou algo? Envie para nós
[ 88 ] 99682-5780
GIPHY App Key not set. Please check settings