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Ciro diz que PF não encontrou nada e que Bolsonaro interfere no órgão

O pré-candidato à Presidência foi alvo de buscas da Polícia Federal; Ciro defende que ‘operação é absurda e arbitrária’

Alvo de buscas da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (15/12), na Operação “Colosseum”, o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), defende que o caso é arbitrário e que tem relações com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para Ciro, a PF está “a serviço dos ladrões da família Bolsonaro”. Às vésperas de ano eleitoral, a operação teria o objetivo de constrangê-lo e sabotar sua candidatura na corrida presidencial de 2022.  “Eu vi a dinâmica de escolha do diretor-geral da PF, que é um medíocre e que nunca foi, sequer, superintendente”, continuou. O democrata compartilhou sua versão dos fatos em entrevista à Globonews nesta tarde. 

Em tom incisivo, Ciro se referiu aos filhos de Bolsonaro: “A intenção é me igualar a este bando de picareta que infernizaram a vida brasileira”. Em sua fala, inclusive, citou um caso de corrupção envolvendo o presidente, à época deputado federal, em que supostamente foi flagrado ao desviar o dinheiro da gasolina de seu gabinete. 

Com 40 anos de vida pública e sem envolvimento em escândalos políticos ou investigações, a operação pode refletir, diretamente, no resultado do pleito eleitoral do próximo ano. “Essa é a primeira vez na minha vida que eu passei pelo constrangimento de uma operação da PF na minha casa”, afirmou. Cotado como um forte nome da terceira via, Ciro, repetidas vezes, citou sua dignidade e reiterou a urgência de “se fazer justiça”. 
“Eu peço aos juristas, aos advogados e aos professores de direito que venham em socorro deste democrata honrado, que faz da vida pública um ato de decência”, disse.  “Eu sou um crítico contundente do Bolsonaro e tenho coerência, porque eu não tenho uma mancha na minha vida pública.” 

A operação visa apurar supostas fraudes e pagamento de propinas a agentes políticos e servidores públicos que envolvem as obras no estádio Castelão, em Fortaleza/CE, de 2010 a 2013. Entre os alvos das buscas estão o presidenciável Ciro Gomes e o ex-governador Cid Gomes, seu irmão.

Apoio político

Nas redes sociais, os ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) prestaram apoio a Ciro. “Tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados”, escreveu o petista.  

Ao comentar o apoio recebido, o pré-candidato agradeceu as mensagens. “Nós, democratas, temos que nos proteger”, declarou. 

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Escrito por tvprincesavalenews

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