A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) disponibiliza nota de alerta sobre a síndrome de Haff, conhecida popularmente como “doença da urina preta”. Por se tratar de um evento de saúde pública e que precisa ter todos os casos suspeitos notificados, os profissionais de saúde devem ficar atentos aos pacientes que relatarem dor e rigidez no sistema muscular, dificuldade de andar, falta de ar, perda de forças, dor no estômago, dormência, diarreia e mudança na tonalidade da urina.
“É importante, ainda, investigar se houve consumo de crustáceos e pescados. A toxina encontrada nos animais pode ser advinda de algumas espécies de algas marinhas que servem de alimentos para os peixes e crustáceos”, indica a orientadora da Célula de Informação e Respostas às Emergências em Saúde Pública da Sesa, Sheila Santiago.
O documento reforça que, nos casos em que houve a ingestão dos alimentos, com confirmação de sobras, deve-se avisar a Vigilância Epidemiológica do município para articulação de coleta. Importante que as notificações sejam feitas em até 24 horas a partir da suspeita inicial do caso ou surto.
Cenário epidemiológico no Ceará
Entre os meses de julho e agosto deste ano, nove casos suspeitos da síndrome foram notificados no Ceará – sendo quatro em homens e cinco em mulheres. Do total, oito precisaram de internação hospitalar e um foi acompanhado em ambulatório. Dois pacientes necessitaram de cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), uma mulher de 24 anos e um homem de 81 anos. Nenhum dos pacientes evoluiu para forma grave e/ou óbito.
Notificações
As notificações de casos/surtos para a síndrome de Haff devem ser registradas no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Sesa.
O alerta deve ser feito por e-mail: cievsceara@gmail.com ou pelo telefone: (85) 3101-4860 / (85) 98724-0455 em dias úteis, fins de semana e feriados. O aviso pode ser feito ainda ao município de Fortaleza nos telefones (85) 3452-6989 e (85) 98868-9893.
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