A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado do Ceará deu início a produção de uma fábrica de chinelos localizada dentro da unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes. A confecção gira em torno de 300 pares por dia e conta com mão de obra de internos, que destinam o produto para a própria população privada de liberdade de todas as unidades prisionais.
A oferta de trabalho dentro do sistema penitenciário tem como foco a ressocialização dos internos, garantindo a remição da pena em conformidade com o artigo 126 da Lei de Execuções Penais (LEP). Para cada três dias trabalhados, o interno reduz um dia de sua pena. Atualmente, mais de 4 mil internos do sistema prisional cearense desenvolvem atividades laborais regulares.
Para a diretora do Imelda, Geovana Sousa, a oferta de trabalho vai muito além da remição de pena. “A geração de emprego dentro da unidade prisional agrega valores de cidadão ao individuo que está recolhido e não tem expectativa. Com essa oportunidade, ele aprende uma profissão e se restabelece na sociedade de uma maneira mais sólida”, afirma.
O interno Anastácio Rufino considera o emprego uma grande chance de mudança de vida. “Sempre gostei de trabalhar e quem quer aprender algo novo essa é a oportunidade. A direção nos ajuda muito e se interessa que a gente aprenda. Sem eles nada disso seria possível. A minha vontade é de vencer e alcançar novamente o mercado de trabalho para dar uma vida melhor a minha família e meus filhos”, ressalta.
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