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Bonecas de pano feitas por internas do sistema prisional cearense são doadas a hospital infantil

A Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), por meio da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso, promoveu a entrega de 272 bonecas de pano confeccionadas pelas internas do projeto “Arte em Cadeia”, oficina de costura da Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF), para o projeto “À Flor da Pele”.
O ato contou com a presença do titular da Secretaria, Mauro Albuquerque, que entregou as bonecas à coordenadora do núcleo de Fortaleza do projeto “À Flor da Pele”, Madalena Fontenele. As bonecas serão entregues ao Sopai – Hospital Infantil Filantrópico, mas o projeto também beneficia outras instituições e casas de repouso para idosos, com o objetivo de promover o bem-estar de crianças em hospitais infantis de alta complexidade e de idosos em casas de repouso, como parte de uma ação solidária.

A confecção envolve 15 internas, que se dedicaram à costura das bonecas, e outras 70 que trabalharam no bordado, todos sob orientação de tutoras especializadas. A iniciativa busca promover a inclusão social das mulheres privadas de liberdade e proporcionar uma ressignificação por meio do trabalho artesanal.

No evento, internas que também fazem parte do projeto musical “Acordes para a Vida” fizeram uma apresentação artística para os convidados e convidadas. Na ocasião, estiveram presentes o secretário executivo de planejamento e gestão interna, Álvaro Maciel, o coordenador especial de administração prisional, Alexandre Leite e o coordenador adjunto especial de administração prisional , Luiz Gouveia, a diretora e diretora adjunto da Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF), Socorro Matias e Sandra Pontes.

O secretário da administração penitenciária e ressocialização, Mauro Albuquerque, parabeniza o trabalho das internas. “A felicidade e a fé no ser humano são o que realmente definem esse projeto. A Flor da Pele não é apenas uma boneca, ela carrega consigo uma história profunda e, mais importante ainda, transmite a felicidade que é levada às crianças, especialmente àquelas que estão em fases difíceis da vida, muitas vezes em situações terminais. Eu já participei de uma entrega e pude ver o impacto real dessa ação. O sorriso dessas crianças é algo transformador. O mais significativo é como essa iniciativa também impacta as pessoas que estão no sistema prisional. Elas têm a oportunidade de vivenciar um processo de mudança, saindo dessa experiência com uma nova visão de vida, sentindo-se parte de algo maior. Mesmo dentro da prisão, elas têm a chance de fazer o bem, de transformar vidas e de proporcionar um recomeço. Este projeto é, sem dúvida, fundamental. Ele nos ensina a acreditar no ser humano e a reconhecer que, independentemente das circunstâncias, todos têm a capacidade de mudar”, comenta.

A coordenadora do núcleo de Fortaleza do projeto “À Flor da Pele”, Madalena Fontenele, se emociona ao falar do projeto. “É emocionante ver o projeto crescer e ganhar ainda mais força, especialmente com a notícia de que teremos mais 20 bordadeiras do presídio se unindo a nós. Isso mostra o quanto acreditam no nosso trabalho e no poder transformador do projeto, tanto para a ressocialização das internas quanto para levar conforto às crianças enfrentando problemas de saúde e aos idosos com Alzheimer, que resgatam memórias preciosas ao receber nossas peças. Esse projeto não é apenas sobre bordar e entregar. Ele transforma vidas, traz esperança, resgata autoestima e faz com que todos envolvidos – dentro e fora do presídio – se sintam úteis e felizes. É a prova de que estamos no caminho certo”, disse.

A interna da Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF), Amanda Xavier, comemora o sucesso do projeto. “É uma felicidade imensa saber que cada ponto bordado pode arrancar um sorriso de uma criança que enfrenta uma doença grave. Eu trabalho com muito amor e dedicação, pensando em como esse gesto pode trazer alegria para elas. Participar desse projeto não só me permitiu aprender algo novo e que posso levar para a vida lá fora, mas também me transformou em uma das ‘fadas bordadeiras’, como somos chamadas. É um orgulho saber que nosso trabalho, feito com tanto carinho, está fazendo diferença na vida de outras pessoas”, afirma.

Sobre o projeto “À Flor da Pele”

Idealizado pela artista plástica e professora Terezinha Bevilaqua, na cidade de São José dos Campos (SP), o “À Flor da Pele” é um projeto que se dedica à confecção de bonecas de pano bordadas à mão, inspiradas em histórias autorais de Terezinha, que abordam temas como luta, superação, solidariedade, aceitação, afetos e transformação.

As bonecas são feitas por um trabalho voluntário de bordadeiras e distribuídas para crianças em hospitais e idosos em asilos, com o objetivo de estimular o imaginário lúdico e proporcionar sentimentos de acolhimento, contribuindo para a recuperação e o bem-estar dos pacientes.

O projeto está presente em diversos estados do Brasil e em países como Portugal, Estados Unidos, Chile, Canadá e México.

Escrito por tvprincesavalenews

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