dministrava duas empresas de fachada, uma de loja de artigos femininos em São Paulo e uma clínica de estética no Eusébio, no Ceará. Além disso, o casal adquiriu uma residência em um condomínio de alto padrão do Eusébio, e quatro apartamentos de alto padrão em Aquiraz, todos localizados na Região Metropolitana de Fortaleza.
Conforme apuração, todo o dinheiro aplicado nas empresas era oriundo de fraudes bancárias. O grupo criminoso estava no Ceará há cerca de um ano e trazia mulheres do estado de São Paulo para trabalhar como telefonistas e operadoras na falsa central de atendimento ao cliente.
Ação criminosa
O alvo utilizava listas com dados das vítimas com CPF, telefone, e-mail, renda e endereço, a partir de softwares o suspeito utilizava esses dados para realizar disparos por meio de mensagens via WhatsApp, e-mail ou ligações com mensagens falsas de bancos. Dessa maneira, as vítimas atendiam ou respondiam as mensagens e eram extraídos senhas e dados bancários delas.O alvo da operação já responde por crimes de furtos qualificados e estelionato em São Paulo. Os suspeitos foram presos pelas equipes da PCCE em um condomínio de luxo em Aquiraz, no Ceará.
Durante a operação, foram capturados em flagrante o alvo e mais sete pessoas, um homem de 28 anos que é natural do Ceará, uma mulher e um homem, ambos de 38 anos, uma mulher de 35 anos, e outros dois homens de 34 e 31 anos, também de São Paulo. Os alvos tentaram fugir se escondendo no telhado da cobertura e arremessaram celulares pela janela, que foram recuperados pelos policiais civis. Os oito suspeitos foram capturados e conduzidos para DCLD, onde foram autuados em flagrante pelos crimes de integrar organização criminosa, estelionato e furto qualificado de fraude eletrônica.
Outras diligências
Além do cumprimento de seis mandados de busca e apreensão domiciliar em cinco imóveis, uma residência no Eusébio e quatro apartamentos na região de Aquiraz, também houve o sequestro de veículos que estavam localizados em condomínios de alto padrão na Região Metropolitana de Fortaleza, bem como valores em contas bancárias, que podem chegar até R$ 18 milhões de reais, R$ 11 mil reais em espécie, além de joias, 40 gramas de maconha e dezenas de celulares e notebooks. A operação contou com o apoio do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LABLD) e do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA).