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Sesa orienta sobre o que fazer em casos de agressão por animais domésticos ou silvestres

A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida de um animal para uma pessoa por meio, principalmente, de mordedura ou lambedura. A condição é fatal e a melhor forma de evita-la é a vacinação pós-exposição. “O esquema completo, realizado conforme orientação médica, confere proteção superior a 99%”, informa a coordenadora da Imunização da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), Ana Karine Borges.

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) orienta a população sobre os cuidados para evitar acidentes com animais infectados com o vírus rábico. Vacinar o cachorro e o gato e ter cautela diante do contato com mamíferos desconhecidos, por exemplo, são algumas das principais medidas preventivas.

Se uma pessoa sofrer agressão por um mamífero, a exemplo de gato, cachorro, morcego, sangui ou raposa, imediatamente deve lavar o local da ferida com água e sabão e buscar a Unidade Básica de Saúde mais próxima. “A avaliação da necessidade da profilaxia antirrábica pós-exposição varia conforme o tipo da lesão e a espécie do animal que ocasionou o ferimento”, afirma a médica infectologista Ruth Araújo, do Hospital São José (HSJ), vinculado à Sesa.

Sinais e sintomas

A doença é causada por um vírus que tende a migrar para o Sistema Nervoso Central. Nos humanos, a condição pode causar um quadro de encefalite [inflamação no cérebro] aguda, resultando em alta taxa de letalidade: aproximadamente 100% dos casos são fatais.

“Como a raiva é uma doença que ataca, principalmente, o sistema nervoso central, as lesões nos locais do nosso organismo que são mais enervados, como cabeça e extremidades, são mais graves”, explica a médica.

Dentre os principais sinais e sintomas da doença em humanos, destacam-se dificuldade de engolir (alimento, água ou saliva), fotofobia (desconforto visual em relação à claridade), tremores involuntários e salivação excessiva. Em animais domésticos, como cães e gatos, também ocorre salivação em excesso associada à agressividade ou à mudança comportamental.

Cenário epidemiológico no Ceará

A busca por assistência médica imediata e o cumprimento do protocolo nacional recomendado pelo Ministério da Saúde tornam-se fundamentais para evitar consequências irreversíveis. De 2017 a 2022, foram realizados 236.447 atendimentos envolvendo casos antirrábicos no Ceará, sem nenhum óbito registrado.
De 2007 a 2016, houve cinco óbitos por raiva humana, registrados nos municípios de Camocim (sagui/2008), Chaval (cão/2010), Ipu (sagui/2010), Jati (sagui/2012) e Iracema (morcego/2016).

Há sete anos sem registrar óbito por raiva humana, a Secretaria da Saúde do Ceará confirmou novo óbito ocasionado pela doença, notificado na última quinta-feira (4). Um agricultor do município de Cariús, de 36 anos, foi agredido por um sagui em fevereiro deste ano. A procura por atendimento só ocorreu no fim do mês de abril, após o início dos sintomas da doença.

Constatada a suspeita de raiva humana, o Município comunicou à Área Descentralizada de Saúde e ao GT Zoonoses da Sesa. Foi providenciada a transferência para hospital de referência, onde veio a óbito, com causa confirmada pelo Lacen após coleta minimamente invasiva realizada pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

Diante de casos suspeitos ou confirmados da doença, são realizadas ações de vigilância, incluindo inquéritos epidemiológicos, busca de humanos contactantes de animais suspeitos/confirmados e coletas de amostras para diagnóstico laboratorial, além de assistência quanto à profilaxia antirrábica humana. Periodicamente, são desenvolvidas, ainda, iniciativas voltadas à educação em saúde envolvendo todos os níveis de Atenção.

A Sesa reforça, ainda, que irá apoiar todas as medidas de prevenção e controle da doença em Cariús.


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Escrito por tvprincesavalenews

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