Indicado é Caio Mário Paes de Andrade, da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia
O governo federal anunciou, na noite desta segunda-feira (23), mais uma troca na presidência da Petrobras. O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o nome indicado para assumir o cargo é o de Caio Mário Paes de Andrade, da Secretária Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, onde é responsável pela plataforma gov.br.
Em nota, o MME justifica a troca citando a escalado no preço dos combustíveis. “Pelos diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos. Dessa maneira, para que sejam mantidas as condições necessárias para o crescimento do emprego e renda dos brasileiros, é preciso fortalecer a capacidade de investimento do setor privado como um todo. Trabalhar e contribuir para um cenário equilibrado na área energética é fundamental para a geração de valor da empresa, gerando benefícios para toda a sociedade”, diz o texto.
Ainda segundo o Ministério, “o indicado reúne todos as qualificações para liderar a companhia e superar os desafios que a presente conjuntura impõe, incrementando o seu capital reputacional, promovendo o continuo aprimoramento administrativo e o crescente desempenho da empresa, sem descuidar das responsabilidades de governança, ambiental e, especialmente, social da Petrobras.”
Caio Mário Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University. Caio Paes de Andrade foi presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) até agosto de 2020.
A nota ainda agradece ao então presidente José Mauro Ferreira Coelho “pelos resultados alcançados em sua gestão frente à Petrobras”. José Mauro foi indicado em 6 de abril, em substituição ao general Joaquim Silva e Luna.
Conselho
Em ofício enviado ao presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Andrade Weber, o governo federal pede a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para eleição de novo conselho e presidência da estatal. O ofício é assinado pelo chefe de gabinete do ministro de Minas e Energia, José Roberto Bueno Junior.
“A Petrobras informa que recebeu nesta segunda o ofício do Ministério das Minas e Energia, solicitando providências a fim de convocar Assembleia Geral Extraordinária, com o objetivo de promover a destituição e eleição de membro do Conselho de Administração, e indicando Caio Mario Paes de Andrade, em substituição a José Mauro Ferreira Coelho.
Nota da Petrobras
Petrobras informa sobre ofício do Ministério das Minas e Energia
“A Petrobras informa que recebeu nesta segunda o ofício do Ministério das Minas e Energia, solicitando providências a fim de convocar Assembleia Geral Extraordinária, com o objetivo de promover a destituição e eleição de membro do Conselho de Administração, e indicando Caio Mario Paes de Andrade, em substituição a José Mauro Ferreira Coelho.
O ofício solicita, ainda, que Caio Mario Paes de Andrade seja, posteriormente, avaliado pelo Conselho de Administração da Petrobras para o cargo de Presidente. Tendo em vista que o Sr. José Mauro Ferreira Coelho foi eleito pelo sistema do voto múltiplo na Assembleia Geral Ordinária realizada em 13/04/2022, caso aprovada pela assembleia geral, sua destituição implicará na destituição dos demais membros do Conselho eleitos pelo mesmo processo, devendo a companhia realizar nova eleição para esses cargos, nos termos do artigo 141, § 3º, da Lei 6.404/76.
A Petrobras informa que novos fatos relevantes serão oportunamente divulgados ao mercado.
Serão oito conselheiros destituídos. Oito dos 11 membros atuais foram eleitos para um mandato de dois anos, de 2022 a 2024, pelo voto múltiplo.
E, de acordo com o trecho da lei das estatais que versa sobre o voto múltiplo, ”sempre que a eleição tiver sido realizada por esse processo, a destituição de qualquer membro do conselho de administração pela assembleia-geral importará destituição dos demais membros, procedendo-se a nova eleição”.
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