Lembrado em 1º de maio, o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pele reforça a importância das precauções cotidianas necessárias ao enfrentamento à neoplasia dermatológica, considerada a mais prevalente em todo o Brasil, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Nessa perspectiva, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) compartilha informações pertinentes à prevenção e ao tratamento da doença.
Desencadeada pela exposição inadequada à radiação ultravioleta, associada ou não a fatores hereditários, a enfermidade pode apresentar manifestações distintas e bastante específicas, a depender da característica de cada quadro. A diretora técnica do Centro de Dermatologia Dona Libânia, Araci Pontes, esclarece as respectivas particularidades sintomatológicas.
Carcinoma basocelular
Considerada a forma mais branda da doença, o carcinoma basocelular pode ser configurado pela formação de pequenas lesões cutâneas. “Muitas vezes, surgem, na pele, umas feridinhas de difícil cicatrização, que normalmente sangram mesmo diante de traumas desprezíveis, como enxugar o rosto com uma toalha. Nesses casos, com a conduta médica adequada, a chance de cura é muito alta”, explica.
Carcinoma espinocelular
De média complexidade, o carcinoma espinocelular é representado por lesões irregulares e pode se desenvolver em determinadas áreas expostas ao sol. Além disso, o esôfago, a língua, o pulmão e o ânus também podem ser acometidos.
Melanoma maligno
A dermatologista Araci Pontes atua como diretora técnica do Centro de Dermatologia Dona Libânia
O tipo mais agressivo da patologia, denominado melanoma maligno, é caracterizado por lesões escuras que mudam de cor, tamanho ou espessura. “É preciso estar atento ao surgimento de novos sinais. Além disso, a modificação de coloração e o crescimento de sinais pré-existentes podem ser importantes indícios de que um médico precisa ser consultado. Caso não seja identificado precocemente, esse tipo de câncer pode levar o paciente a óbito”, acrescenta a especialista.
Investigação e diagnóstico
Diante de quadros sugestivos, a unidade básica de saúde mais próxima deve ser a porta de entrada para o início da investigação. Havendo a necessidade, o paciente deverá ser encaminhado pelo médico da atenção primária, via Central de Regulação, à assistência especializada.
Situado em Fortaleza, o Centro de Dermatologia Dona Libânia, vinculado à Rede Sesa, é referência no acompanhamento e no tratamento de casos suspeitos ou confirmados de câncer de pele. “Além do diagnóstico, em caso de necessidade, realizamos cirurgias e exames histopatológicos para identificar o tipo de câncer e verificar se a lesão foi totalmente retirada”, detalha.
Grupos de risco
Ainda segundo a médica, pessoas de pele, olhos e cabelos claros estão mais suscetíveis à doença. “Além disso, indivíduos com muitas sardas e com histórico de exposição solar com queimadura na infância ou na adolescência precisam redobrar a atenção. Devemos incluir, também, aqueles que possuem predisposições hereditárias para a neoplasia”, alerta.
Condutas preventivas apropriadas
Conforme Pontes, a proteção solar destaca-se dentre as medidas preventivas indicadas para minimizar os impactos dos raios nocivos à saúde.
E a vitamina D?
Nutriente indispensável ao funcionamento adequado de diversas funções do organismo, a vitamina D também é estimulada pela exposição solar. No entanto, algumas precauções precisam ser tomadas.
“A radiação que induz a maior produção dessa vitamina é liberada no horário mais crítico para a nossa pele. Pessoas do grupo de risco devem optar pela suplementação via oral caso os níveis não estejam dentro dos valores desejáveis. Já aquelas que não fazem parte da população suscetível ao câncer de pele podem seguir a ‘regrinha dos 10’ e expor ao sol 10% da superfície corporal, durante 10 minutos, às 10 horas da manhã”, sugere.
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