Nesta quinta-feira (24), a Coreia do Norte lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM), seu primeiro teste de um sistema de entrega de armas de longo alcance feito nos últimos quatro anos.
Segundo a agência de notícias Reuters, o ICBM voou por cerca de 71 minutos, atingindo uma altitude máxima de cerca de 6 mil km e viajando 1,1 mil km de seu local de lançamento antes de cair em águas japonesas.
Esses números superam o mais recente lançamento de ICBM do país, um teste de 2017 que enviou um míssil Hwasong-15 em um voo de 54 minutos que cobriu cerca de mil km e atingiu uma altitude de 4,5 mil km.
Como não está claro qual míssil voou na quinta-feira, em razão do quão secreto é o regime autocrático no país, especialistas sul-coreanos estão investigando a possibilidade de que o teste tenha envolvido um Hwasong-15 atualizado, informou a agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul. No entanto, é possível que o voo tenha apresentado o veículo Hwasong-17, o mais poderoso da Coreia do Norte.
Ao longo dos anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) impôs uma variedade de sanções relacionadas a armas à Coreia do Norte, buscando limitar os danos que a nação com armas nucleares pode causar a seus vizinhos e ao mundo em geral.
Segundo autoridades norte-americanas, o mais recente teste de ICBM foi uma clara violação dessas sanções. O lançamento também violou uma moratória nos testes de ICBM e armas nucleares que o líder supremo norte-coreano Kim Jong-un anunciou em 2018, como observou a Reuters.
“A porta não se fechou para a diplomacia, mas Pyongyang deve cessar imediatamente suas ações desestabilizadoras”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em um comunicado, referindo-se à capital da Coreia do Norte. “Os EUA tomarão todas as medidas necessárias para garantir a segurança da pátria americana, da República da Coreia e dos aliados japoneses”.
Com o lançamento do ICBM feito na quinta-feira, foi dado andamento a uma série acelerada de testes para a Coreia do Norte. O país já realizou pelo menos 11 testes de mísseis em 2022. Os outros voos envolveram veículos de menor alcance, pelo menos dois dos quais aparentemente foram cobertos com um planador hipersônico.
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