Em sua 61ª edição, a maior feira estadual de comercialização do artesanato cearense, Feirart, contará com a exposição de artigos produzidos pelas mãos habilidosas dos internos do sistema prisional do Ceará.
O evento será realizado a partir desta sexta-feira (5) e se estende até domingo (7), na Praça Luíza Távora, em Fortaleza. Os estandes funcionarão das 17h às 22h.
O público poderá conferir mais de 100 opções de peças produzidas pelos artesãos do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF) e da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes. Peças como almofadas bordadas e de fuxico, jogos americanos de vagonite, produtos em ponto cruz, bolsas de macramê e de crochê estarão disponíveis à venda no evento.
A Coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso da SAP, Cristiane Gadelha, ressalta a importância da exposição para a divulgação do trabalho de capacitação e preparação dos internos para o retorno a sociedade. “A secretaria ensina uma profissão de artesão, ensina a fabricar artigos de qualidade, para que de fato eles tenham condições de serem empreendedores quando ganharem a liberdade. Esse é o maior objetivo. Além disso, pra eles é importante saber que o que estão produzindo está sendo valorizado e comprado por pessoas que apreciam esse tipo de arte”, ressalta.
Projeto “Arte em Cadeia”
A arte nas unidades prisionais contribui para o processo de humanização e ressocialização dos internos através dos trabalhos diversificados oferecidos pela Secretaria da Administração Penitenciária. O artesanato tal como outras atividades existentes dentro dos presídios têm reflexo transformador.
O projeto possui a participação de 200 internos na produção, onde cinco unidades são beneficiadas. No total, são confeccionadas 500 peças por mês e distribuídas em dois pontos de vendas: Emcetur e Feirinha da Beira Mar.
A renda arrecadada é revertida em prol do projeto, para a aquisição de mais materiais para a continuidade dos trabalhos.
Os internos artesãos, além de aprenderem uma nova profissão, recebem como benefício a remição de pena de um dia para cada três dias trabalhados na produção. A capacitação, além de preencher de forma funcional o tempo de reclusão, é uma oportunidade de reinserção social.
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